Hoje pela manhã, assisti uma reportagem que "é uma brasa, mora?" ou seja, interessantíssima! Falava justamente sobre o uso de verbetes que estão em desuso, mas que já estiveram na boca do povo. Trata-se do livro "Pequeno dicionário brasileiro da língua morta
' escrito pelo jornalista Alberto Villas. O autor reuniu algumas desta palavras e as pôs em seu livro, trazendo de volta para os que já há muito não usavam, e apresentando para àqueles que nunca antes ouviram falar.
Nele, é possível descobrir que café com leite tinha três significados:
uma pessoa meio boba, que não fazia parte de nenhuma rodinha de amigos; o
sujeito fácil, assim como o arroz de festa; uma referência à política
dos Estados de Minas e São Paulo – Minas entrava com o leite, São Paulo,
com o café, e os dois estados dividiam o poder político nacional.
Babado seria o equivalente da expressão que se fala hoje “qual é a boa?”
Babado tanto podia designar fofoca como novidade. “O babado corria de
boca em boca, cada um dando sua opinião, se espantando ou criticando.
Não tinha babado que passasse em branco”, diz Villas no livro.
O abecedário formulado por Villas traz algumas
milongas (mexericos), mas nada que faça corar sirigaitas (mulheres
ousadas, atrevidas) ou mancebos (rapaz novo, que hoje seria o
correspondente a “gato”). Pode ser que fãs do cantor Fagner fiquem
chateados ao saber que o autor do livro acha a voz dele igual à de
taquara rachada: “É só ouvir o primeiro disco dele – ‘Manera Fru Fru
Manera’ – ou o segundo, ‘Ave Noturna’. Não que o autor de ‘Mucuripe’
tenha uma voz irritante, mas é muito particular, de taquara rachada”.
Mas, para livrar um pouco a barra dele, Villas complementa: “A
Desciclopédia tem uma lista enorme de pessoas com voz de taquara
rachada. De Tiririca a Xuxa, passando por Sandy Leah, a Sandy do
Júnior”.
Exemplos de palavras hilárias pululam no
livro. Como manota, aquele fora que, por mais que se queira, não há como
remediar: você chega para uma mulher, olha a barriguinha dela e
pergunta: “É pra quando?”. E ouve a resposta: “Não estou grávida!”. Que
mancada! Ou que quiproquó! Se você tem vontade de engrossar seu
vocabulário, e quer fazer bonito com os seus amigos, pode adotar daqui
para frente fuzarca, víspora, palangana. Esse é o melhor jeito de lavar a
égua. Quem nunca disse uma destas :
• Abreugrafia: Raio-X
• Cachimônia: Paciência
• Maciota: Coisa macia
• Marmota: Conversa fiada, fraude, falcatrua, enrolação, papo furado.
• Coqueluche: Além da doença, era usada para dizer que algo está na moda, é uma febre.
• Azeite para você: Além do líquido da culinária, azeite para você quer dizer: “Estou nem aí para você!”.
• Pinóia: Uma pessoa que fica insistindo muito com uma resposta que não é a verdadeira. Aí a gente fala: uma pinóia.
• Dedéu: Quando você quer dizer que algo é ‘muito’. Bom para Dedéu.
• Abreugrafia: Raio-X
• Cachimônia: Paciência
• Maciota: Coisa macia
• Marmota: Conversa fiada, fraude, falcatrua, enrolação, papo furado.
• Coqueluche: Além da doença, era usada para dizer que algo está na moda, é uma febre.
• Azeite para você: Além do líquido da culinária, azeite para você quer dizer: “Estou nem aí para você!”.
• Pinóia: Uma pessoa que fica insistindo muito com uma resposta que não é a verdadeira. Aí a gente fala: uma pinóia.
• Dedéu: Quando você quer dizer que algo é ‘muito’. Bom para Dedéu.
Isto mostra o quanto a Língua Portuguesa se transforma, modifica, renova. E ao contrário, ela não é morta, mas "vivinha da Silva", ou seja, não morre nunca!